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Minha busca

O texto que reproduzo abaixo é um artigo que escrevi em agosto de 2007. Muita coisa mudou de lá para cá, de tal forma que eu poderia aumentar o relato. Hoje, tenho em minhas mãos preciosas ferramentas para ampliar o poder pessoal, a autoestima, o autoconhecimento (ferramentas estas que não possuía naquela época). Porém, o texto se refere a um momento importante na minha vida e decidi deixá-lo na integra. Futuramente, escreverei um relato mais atualizado de todas as transformações que passei ao longo destes últimos anos… Segue o texto:
“Minha busca pela compreensão da verdade não vem de hoje. Por muitos e muitos anos, venho procurando uma resposta, alguém que pudesse acalmar o meu coração e me trazer a paz. Este foi um dos motivos que me levou a buscar a vida religiosa. A idéia de um Jesus como meu mestre particular era fascinante. Eu dedicaria minha vida à uma causa e faria parte de um projeto que era maior do que eu mesmo. Mas, o Jesus que conheci era insuficiente para responder aos meus anseios. Com 18 anos, privado de poder vivenciar a minha energia sexual, ele deixou de ser um Jesus-Mestre e se tornou um Jesus-Freio. Eu queria encontrar a verdade mas, não queria pagar o preço de uma auto-negação. A verdade teria que ser um antídoto para minhas angústias, um caminho para minha felicidade. Paradoxalmente, preso dentro de um seminário católico, eu me percebia cada vez mais angustiado e sem saída.
Após cinco anos de tentativas, abandonei tudo e fui buscar respostas no amor. Me entreguei aos relacionamentos, conheci pessoas, mas meu coração ainda estava insatisfeito. Em desespero de causa, me casei cedo. Queria mergulhar fundo nisto. Queria acalmar os meus anseios de experimentar a paz, de encontrar a quietude. Mas o casamento também não foi uma resposta satisfatória. Nem poderia ser. Como uma criança que abandona um brinquedo por estar cansada de brincar eu, com toda infantilidade que minha juventude permitia, abandonava relacionamentos, e partia para outros. Pensava: “Talvez o problema não fosse o relacionamento e sim a pessoa com quem eu estava me relacionando”. Obviamente, não funcionou. Seja com quem eu estivesse, meu coração continuava angustiado e intranquilo.
Já o caminho das drogas, nunca tentei… Não era uma possibilidade que me atraía. Estava em busca de uma lucidez maior. Queria me aproximar da verdade. Nunca me convenceram de que por este caminho eu a alcançaria.
Também procurei respostas nas universidades. Mas, era um aluno diferente. Não ocupava meu tempo estudando o conteúdo proposto na aula. Vivia grande parte do tempo dentro da biblioteca, querendo encontrar alguma gota de sabedoria, algum ensinamento que realmente me mostrasse um caminho possível. Meus professores não me convenciam. Naquela idade, eu, provavelmente, já tinha lido muito mais obras do que a maioria deles. Isto não era uma arrogância de meu intelecto. Era uma constatação. Suas aulas eram mal preparadas, desprovidas de uma lógica consistente, haviam falhas em suas argumentações. Eu me sentia tentado a explicar para meus colegas de classe e também para professores algumas questões que eram apresentadas de maneira confusa. Mas isto sempre criava uma situação bastante inusitada e constrangedora. A psicologia que supostamente me ensinaram sabia muito pouco sobre o ser humano real. Estavam mais interessados no comportamento dos ratos e nos cadáveres da sala de anatomia. Falavam de Freud, Yung, Adler e seus seguidores. Todos eles tratando de um ser humano que não existe mais.
Para mim, poderia até mesmo haver alguma sensatez em procurar compreender os fundamentos, a história da construção de teoria do passado. Mas era idiotice achar que aquelas teorias poderiam estar próximas daquilo que o ser humano esta sendo atualmente.
A filosofia, por sua vez, me prometia respostas. Mas, na verdade, nunca as encontrei. Meus professores de filosofia garantiam que para tudo o que eu já havia pensado ou questionado, seguramente, algum filosofo teria escrito a respeito.
Mas, após algum tempo estudando os filósofos, eles também começaram e se tornar intragáveis. Platão era idealista, falava de um mundo que não existe. Portanto, não me servia. Aristóteles era um compulsivo obsessivo por rituais: todas as coisas deviam estar no seu devido lugar. Embora sua lógica perfeita e cristalina tenha influenciado todos os grandes filósofos modernos, nenhum deles alcançou a verdade. Nenhuma conclusão será verdadeira se as premissas forem falsas. E isto era tudo o que eles tinham: falsas premissas. Um raciocínio que se baseia em dados mentirosos não pode chegar a um resultado verdadeiro. Se chegar, foi por acidente. Eu buscava as premissas verdadeiras. Descartes não me convencia. Ainda bem. Mais tarde, eu iria conhecer aqueles mestres que, mesmo não pensando, existiam.
Minha mãe sempre me disse que eu era um menino teimoso. Para mim, isto acabou sendo uma virtude. Eu nunca desistia da minha busca. Numa certa manhã, estava na biblioteca central da Unicamp (como sempre, as aulas me aborreciam e me emburreciam). Encontrei um livro na prateleira: “A Semente de Mostarda” de Rajnesh (que, mais tarde, recebeu o nome de Osho). Um vislumbre da verdade saltou sobre meus olhos. Finalmente, teria encontrado algo que acalmava o meu coração, que me dava respostas concretas. Aquilo sim era alimento para a alma de verdade. Se existem gênios da música, como um Mozart ou Bethoven e, se existem gênios da pintura, como Leonardo ou Michelangelo, eu havia encontrado um gênio da espiritualidade. Passei a me dedicar numa busca enlouquecida por outros livros de Rajnesh. E algumas respostas foram surgindo. Naquela época, estava numa encruzilhada da vida, já em crise de mais um relacionamento. Seria fácil: abandonaria tudo, venderia alguns bens e iria para Índia, encontrar o iluminado Osho pessoalmente, em carne e osso. Partiria em busca da verdade, seguro de que agora, eu poderia encontrá-la. Eu me renderia a este buda vivo e ele me apontaria o caminho.
Então, descobri que Osho não estava mais fisicamente presente. Naquele dia, me lembro de ter chorado amargamente. Tinha perdido a rara oportunidade de conhecer um iluminado ainda vivo.
E, após um período de decepção, fui me recompondo lentamente. Passei a lidar com o que me restava. Continuei a ler e me dispus a trilhar o caminho da meditação. Um caminho, obviamente, solitário. Mas era tudo o que eu tinha.
Com o passar do tempo, algo foi acontecendo. Minha necessidade de fazer perguntas foi se aquietando. Embora nenhum mestre não estivesse fisicamente presente, “eu” estava me tornando presente. Era o que me restava: estava me tornando o meu próprio mestre. No passado, queria me encontrar com buda. Teria ido para os quatro cantos do planeta para encontrá-lo. Não obstante, buda estava dentro de mim. Silencioso, como era de se esperar. Obviamente, quanto mais agitado eu estava, menos poderia percebê-lo.
Hoje, sinto que meu trabalho é deixar que este buda possa florecer. Algo de muito significativo vem acontecendo, desde então. Não tenho mais pressa. Não me sinto mais pressionado a encontrar nada. Minha busca terminou. Já alcancei o meu destino. Agora, apenas tenho que me aprofundar. É como um radiestesista com suas varetas, à procura de um veio d’água no campo. Num dado momento, suas varetas começam a tremer, como que dizendo: “Ei, aqui abaixo temos água, pode cavar!”. Sim, agora, as varetas estão tremendo. Bem aqui, logo abaixo de mim mesmo, tem água em abundância. Estou cavando. Sem pressa. Beberei desta água no tempo certo. E poderei saciar a minha sede.”
Sucesso e Felicidade Para Você

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Resistencias para sair da depressão

Internauta escreve:
“Comprei o produto Sair da depressão em janeiro, mas tenho medo de usa-lo. Já comecei várias vezes, mas acabo parando. Quero melhorar, mas também tenho muito medo de mudar para pior. Apesar de ter dificuldades para me relacionar comigo e com o outro sei que tenho qualidades e também tenho pessoas queridas na minha vida. Tenho medo de acabar com o pouco de bom que tenho. Isso é normal? Devo fazer o tratamento apesar de tanta resistência?”
Querida R.
Eu compreendo o seu medo de mudar para pior. É como se você estivesse na beira de um precipício, segurando em apenas um galhinho de arbusto e, qualquer movimento em falso, pode ser o que falta para cair barranco abaixo. Então, é natural que tenha medo.
Por outro lado, ficar à margem do precipício também não te traz grande benefícios. Então, talvez este seja o momento de se esforçar um pouco mais e tentar alcançar níveis mais elevados de contentamento pela vida.
Para tanto, terá de vencer suas resistências. Explico. Estas resistências começam logo ao acordar, pela manhã. Veja só: acordar não precisa ser uma coisa ruim. Na verdade, acordar é bom! É uma oportunidade. Cada novo dia traz consigo a oportunidade de desfrutar o convívio com nossas famílias e com as outras pessoas. E se você não tem contato com ninguém, é uma oportunidade de estabelecer novos contatos. Mas parece que as pessoas se esquecem disto completamente.
Daí você fala do temos em acabar com “o pouco do bom que tenho”. Atenção: este é um momento de uma grande revolução em sua vida (mas só você pode levar isto adiante!). Diga para você mesma, com sentimento e convicção: “Um pouco do bom não me interessa mais, não nasci para migalhas. Eu mereço o melhor da vida!
Claro, isto exige coragem. Mas quer saber? Coragem pode ser praticada. Coloque-se de pé e diga para você mesma, em alto e bom som, como é que as coisas vão ser daqui para frente.
Vou te ensinar uma técnica:
Hoje à noite, quando for se deitar para dormir, programe-se mentalmente para o dia seguinte. Determine como é que você quer acordar. Você vai ver como isto vai fazer a diferença. Prepare seu novo dia. Pense na roupa que vai vestir no dia seguinte, nas atitudes que vai tomar, nos sentimentos que vai experimentar. Mas pense tudo isto, da forma mais positiva e próspera possível.
Se não der certo da primeira vez, não desista. Vá tentando todos os dias, quantas vezes forem necessárias.
Lembre-se sempre disso: cada novo dia nos traz uma nova oportunidade de trabalharmos duro para ganharmos a vida e construirmos o nosso novo destino. Cada dia nos traz também a oportunidade de ajudar os outros e servir-lhes de tal forma a tornar nossas comunidades lugares melhores.
Esta é a técnica. Simples, não é mesmo?
Hoje, quando for se deitar, para dormir, pense nisto: “Tenho a oportunidade novamente de sonhar e acordar amanhã para realizar os meus sonhos. Quando eu despertar amanhã serei grata por esta nova oportunidade”.
Vá em frente. A vida é uma grande oportunidade!
Sucesso e Felicidade Para Você!

 

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A história de Buda e o Assassino

Criei este vídeo baseado numa antiga história budista que fala de nossa psicologia. Criticar, condenar, falar pelas costas é uma coisa fácil, principalmente quando nos sentimos inferiorizados ou vitimizados pela família, pelo trabalho ou pela vida. A longo prazo, isto se transforma numa completa loucura. Transforma-se em uma força destrutiva contra si mesmo e contra os outros ao seu redor.
Destruir é fácil, até uma criança pode fazer. E parece que a maioria das pessoas estão sempre prontar para xingar, zombar, amaldiçoar, falar mal do trabalho dos outros (tanto na vida real, quanto no universo virtual). Mas desenvolver a capacidade de conciliação exige tremenda coragem, humildade e força.

Sucesso e Felicidade Para Você!

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Acabe com as expectativas

O quanto você está limitado pelas expectativas e projeções das outras pessoas? O quanto você permite que as outras pessoas direcionem os seus passos e determinem as suas escolhas?
Sabe por que tudo isto acontece? Por causa do medo! O medo de ser reprovado. O medo de não ser aceito. O medo de ser rejeitado e criticado.
Com isso você vai abandonando sua real natureza, negando sua própria alma (o seu querer, a sua vontade) para suprir aquilo que os amigos, a família, os conhecidos esperam de ti.
Porém, chega um momento na sua vida em que você decide parar de viver em função daquilo que os outros pensam a seu próprio respeito. Enquanto isto não acontece, o seu poder pessoal, a sua prosperidade e o seu sucesso estão seriamente comprometidos.
Veja só: o momento de tomar esta decisão pode ser agora.
É o que mostro no vídeo de hoje:

Sucesso e Felicidade Para Você!

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Carta para um suicida

Internauta escreve:
“Estou desempregado, perdi meu casamento e já não vejo mais futuro para mim. Pelo fato de ter fracassado tanto em minha vida já tentei o suicídio três vezes. Estou sem rumo e não sei o que fazer de minha vida. O que você pode dizer para alguém neste estado?”
Querido X,
não bastasse todos os fracassos que teve ao longo de sua história, você ainda tenta o suicídio. Este é o fracasso dos fracassos, é o fim da linha. Não existe fracasso maior do que a tentativa de suicídio, principalmente quando esta tentativa é fracassada (caso contrário, não estaria me escrevendo).
Mas, quer saber, eu compreendo o que pode ter acontecido. Levamos nossa vida muito a sério. Sabemos de jovens estudantes japoneses que tomam veneno por não terem conseguido uma vaga no vestibular. Sabemos de executivos americanos que pulam de um prédio por perder o emprego. Sabemos de radicais religiosos que explodem o próprio corpo em nome de uma guerra “santa” para acabar com a vida de infiéis. Tudo isto faz parte do condicionamento global em que todos nós estamos inseridos. A idéia de que você tem que acertar sempre e de que tem que saber todas as respostas e de que nunca pode errar. Isto é pura estupidez.
Veja só: a vida é um vasto campo de infinitas possibilidades… mas alguma coisa aconteceu em sua história e fez com que você não enxergasse uma outra alternativa. As opções existem. Sempre existem. Suicídio não precisa ser a última opção. Quando tudo der errado em sua vida, você pode rasgar seus documentos e se mudar para uma tribo indígena de alguma floresta perdida. Pode adotar um novo nome e começar uma nova fase do zero. Ou pode se inscrever como voluntário para trabalhar em alguma missão humanitária na Somália. Eles precisam de muita gente por lá, sabe, e um voluntário a mais seria de grande valia. Ou, então, pode ficar exatamente onde está e decidir que vai recomeçar. Pode chamar as pessoas mais próximas, pedir perdão pelos erros e fracassos que cometeu ao longo dos últimos anos e abrir o jogo, dizendo que está totalmente perdido e que precisa de ajuda para recomeçar. Está vendo? Opções existem, sempre existem. Você nunca deve se esquecer disso.
A vida é como uma ponte, é só um lugar para se passar. Enquanto está atravessando a ponte, aproveite. Somos todos turistas neste pequeno mundo e tudo o que nos cerca é transitório e passageiro. Então, por que se preocupar tanto assim?
Olho para minha própria vida e constato que a minha história pessoal é a somatória de fracassos sobre fracassos, com alguns acertos ao longo de meu caminho. Claro que, os poucos acertos que tive compensaram os inúmeros erros. Mesmo porque, com todos estes erros, adquiri mais experiência e maturidade para acertar na tentativa seguinte. Porém, se tivesse que acabar com minha própria vida a cada dúzia de fracassos que acumulava, já não estaria aqui neste mundo a muito tempo. Então, pare de valorizar demais os seus fracassos e deixe esta bobagem de suicídio de lado. Por causa de decisões erradas ou de juízos equivocados, você cometeu erros em sua história pessoal mas, quer saber, todos nós já cometemos erros e isto não é motivo para desistir.
Proponho que coloque objetivos mais elevados em sua vida. Por exemplo, decida, a partir de agora, que está neste mundo para colher novos aprendizados. Decida que não vai desistir desta experiência enquanto está aqui e que vai tirar o melhor proveito possível de cada nova história que vivenciar, de cada novo dia que tiver. Sucesso ou fracasso, isto não importa. O que importa é o aprendizado que vai colhendo ao longo dos dias. Coloque também como objetivo o propósito de se tornar uma pessoa melhor, mais humana, mais amorosa, mais desapegada. Decida que irá dedicar parte de seu tempo para ajudar outras pessoas a também viverem melhor. Seja voluntário em alguma causa social. Isto tudo vai te fazer bem. Você não é tão pobre assim que nada tenha para oferecer para outras pessoas.
Declare para você mesmo que este é um novo momento. Pare de ser o coitadinho e de ver a vida apenas em preto-e-branco. Considere que existe um plano cósmico para ti. Você apenas não descobriu ainda qual ele é. Com o tempo, irá descobrir.
Tem uma frase que eu repito sempre para mim mesmo todos os dias: “Hoje recomeço novamente”. Há um tempo atrás, uma internauta me escreveu: “Chris, ‘recomeçar novamente’ é uma redundância, basta apenas a palavra recomeçar”. Mas eu insisto: “Hoje recomeço NOVAMENTE”, no sentido de que todos os dias temos que recomeçar e recomeçar. Não apenas uma ou duas vezes, mas todos os dias de nossa vida. Recomeçar de novo e de novo e de novo. Levante-se, olhe para o caminho que tem à sua frente e recomece – novamente. A vida é um eterno recomeçar. Só não vai funcionar se você não quiser que funcione. Está em suas mãos. Abandone o papel da vítima e comece a viver.
Sucesso e Felicidade Para Você!