Nesta semana estaremos abrindo um tema muito oportuno para todos:
Você se considera dono da verdade?
Conheço um rapaz que, aqui no blog, vou chamá-lo de “M”.
“M” frequentou vários de meus cursos presenciais, mas tinha uma característica extremamente irritante para os outros que estavam presente: sempre que suas ideias eram contestadas, não parava de falar enquanto não estivesse absolutamente convencido de que a outra parte compreendera o seu ponto de vista.
Numa dada ocasião eu chamei “M” para uma conversa em particular e lhe disse: “Tenho uma tarefa para você. De agora até o final deste curso (era um domingo de manhã) você não vai mais abrir a sua boca para contestar absolutamente nada. Se alguém disser algo que você não concorda, isto é um problema seu, não da pessoa. Ela não precisa aturar os seus discursos intermináveis. E se alguém discordar de algo que você diz, isto é um problema da pessoa, não seu. Então, cale-se de uma vez por todas e pare de ficar dando réplicas para os seus argumentos”.
O curso, enfim, foi correndo normalmente. Terminamos por volta de umas 5 da tarde. “M” estava diferente. Estava mais quieto, mais introvertido.
Na despedida, ele me disse: “Chris, hoje foi um dos dias mais difíceis da minha vida. Nunca tinha prestado atenção nesta necessidade doentia que tenho de convencer as pessoas do meu ponto de vista. Muito obrigado por me alertar”.
Pessoas como “M” são comuns em nosso dia-a-dia. Elas estão em todos os cantos: fanáticos religiosos, militantes políticos, torcedores de futebol, intelectuais idealistas… Você conhece alguém assim?
Sinceramente, não acho que você deva desistir da SUA VERDADE. Você tem o direito de acreditar naquilo que bem entender. Mas deve saber que os outros, necessariamente, não vão seguir a sua cartilha.
Quanto mais inseguro você for, maior será a necessidade de levantar bandeiras e convencer o mundo inteiro de que aquilo que você está dizendo é a coisa certa. No fundo, nem você mesmo acredita em suas próprias palavras. Por esta razão, precisa se certificar de que os outros estão acreditando. A lógica é simples: Se concordarem contigo, talvez aquilo que você está dizendo não seja tão idiota como, lá no fundo, você bem sabe que é.
Se quer se livrar de todas estas porcarias psicológicas, a partir de hoje eu sugiro que você mentalize assim:
“Não preciso abrir mão das coisas que acredito. Mas, desisto da necessidade de provar aos outros que eu estou certo. Cada pessoa é única e cada olhar sobre o mundo é uma forma diferente de ver as coisas.”
Acredite: isto o tornará mais humano, mais saudável e, obviamente, mais feliz. Por uma razão muito simples: Você estará mais leve, menos ansioso. O “Dono da Verdade” está sempre em conflito. Desistindo deste papel boboca você estará com mais bom humor frente aos que convivem contigo, ainda que eles pensem diferente de ti.
Que tal tentar?
Sucesso e Felicidade Para Você!