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Carta de Abraham Lincoln ao professor do seu filho

Caro professor,
ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros mas, por favor, diga-lhe que por cada vilão há um herói, que por cada egoísta há também um líder dedicado.

Ensine-lhe, por favor, que por cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder mas também a saber gozar da vitória, faça-o maravilhar-se com os livros mas deixe-o também perder-se com os pássaros do céu, as flores do campo, os montes e os vales.

Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.

Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.

Ensine-o a ouvir todos mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando está triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram.

Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.

Trate-o bem mas não o mime pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.

Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si pois só assim poderá ter fé nos homens.

Eu sei que estou a pedir muito mas veja o que pode fazer, caro professor.”

Abraham Lincoln, 1830

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O triste fim de Anthony Bourdain


Viajar pelo mundo, beber os melhores vinhos, comer comidas exóticas e conviver com celebridades. Esta era a vida de Anthony Bourdain que, nesta sexta-feira, cometeu suicídio. As causas de seu ato ainda não sabemos.
Fica aqui o meu pesar aos familiares. Particularmente, eu apreciava seus programas. O mundo perdeu um grande chef e um em grande artista.
Mas fica também um incômodo questionamento sobre aquilo que entendemos por felicidade. Bourdain tinha o que é considerado a “vida dos sonhos” para muita gente. Contudo, internamente, ele chegou ao ápice da miséria, cometendo o suicídio.
O que é então a felicidade?
Os grandes mestres da humanidade ensinam que a felicidade está do lado de dentro, nunca nas conquistas externas ou aparências.
O fim trágico de Anthony Bourdain é um tapa na cara de nossas ambições passageiras. Um convite para revermos nossos valores e dedicarmos nossos esforços para aquilo que realmente importa:
A busca pelo autoconhecimento.