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Discurso da cerimonia de entrega da Faixa Preta – KUNG FU

Partilho com os amigos o discurso que proferi na cerimônia de entrega da minha Faixa Preta em 24 de agosto de 2012:
Meu nome é Christiano de Almeida Lopes, conhecido pelos amigos como Chris Allmeida. Nasci na cidade de Marília, interior de São Paulo, em 14 de Abril de 1973. Embora, desde criança, eu sempre fora um admirador das artes marciais, iniciei de fato a minha jornada no Kung Fu em 2006. Na época, estava em busca de uma atividade que, além de me proporcionar melhor condicionamento físico, contribuísse igualmente para o aprimoramento de minha autoconfiança e autoestima.
Neste caminho, aprendi que sempre podemos superar os antigos limites estabelecidos pela nossa mente. Aprendi que a perseverança é o caminho do êxito, pois tudo acontece no seu devido tempo. Da mesma forma, aprimorei a minha força de vontade e descobri a diferença entre “ganhar” e “conquistar” e a diferença entre “tentar” e “fazer”. Razão pela qual o Kung Fu lapidou o meu caráter. Tornei-me mais centrado, mais sensato e mais destemido.
O maior desafio foi convencer meu próprio corpo de que ele era capaz de realizar os treinos. Desde criança, nas aulas de educação física, eu era uma verdadeira lástima. Fui condicionado a acreditar que não possuía muitas habilidades motoras e por longa data acreditei nisto. Sendo um indivíduo mais do tipo “mental”, um rato de biblioteca, meu corpo nunca havia sido colocado à prova. Tal histórico, porém, trouxe para mim imensa vantagem, no aspecto do autoconhecimento. Pois pude perceber com clareza a evolução que meu corpo foi incorporando a cada treino. Cada novo chute, golpe ou salto era para mim uma nova conquista.
Tendo em vista o meu “antes” e o meu “depois”, considero-me muito bem sucedido neste caminho e não tenho nada a reclamar. Só colhi boas amizades e tive a sorte de contar com excelentes instrutores. Com o Professor Leandro Romano, aprendi o significado da força e da técnica. Com o Professor Márcio Félix, aprendi o significado da paciência e do autocontrole. Com o Sihing Lucas aprendi o significado da garra e da vontade de progredir. Citar nomes é sempre complicado, pois corro o risco de ser injusto com os outros colegas de minha caminhada. Foram muitos e reconheço que cada um deles me trouxe uma contribuição muito especial e particular. Porém, foram com estes 3 primeiros que passei a maior parte dos meus treinos e a eles devo a minha gratidão na conquista da faixa preta.
Também expresso profunda gratidão ao Sifu Serra pois, com ele, pude compreender como utilizar na prática do Kung Fu a energia que estava adormecida em meu corpo e o conhecimento que estava estacionado na minha mente.
Para muitos, o Kung Fu é uma coreografia empolgante dos filmes de ação. Para outros, Kung Fu é uma filosofia de vida. Para outros ainda, Kung Fu é um sonho distante. Minha experiência neste caminho mostrou que o Kung Fu é uma possibilidade concreta para todos os que estão em busca de aprimoramento pessoal. Embora seja utopia, gostaria que todos pudessem conhecer e praticar o Kung Fu. Acredito na capacidade que o Kung Fu tem de mudar vidas. O Kung Fu mudou a minha vida, para melhor. E também pode fazer o mesmo por todos o que buscam este caminho.
Kung Fu - Grupo Faixa preta 23/08/12
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