- Ando pela rua. Há um buraco fundo na calçada.
Eu caio. Estou perdido… sem esperança.
Não é culpa minha.
Levo uma eternidade para encontrar a saída.
- Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada.
Finjo não vê-lo. Caio nele de novo.
Não posso acreditar que estou no mesmo lugar.
Mas não é culpa minha.
Ainda assim levo um tempão para sair.
- Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada.
Vejo que ele está ali.
Ainda assim caio… é um hábito.
Meus olhos se abrem. Sei onde estou.
É minha culpa. Saio imediatamente.
- Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada.
Dou a volta.
- Ando por outra rua.
(Este é um texto que eu gostaria de ter escrito. Portia Nelson – não tenho ideia de quem seja – escreveu antes de mim, então aproveito-o e agradeço).