Entrevista

Abaixo, transcrevemos a entrevista que a jornalista Juliana Montararo teve com o Chris Allmeida em 10/03/2011.
JULIANA MONTANARO: Chris, comecemos com uma pergunta bem simples: Quem é afinal o Chris Allmeida?
CHRIS ALLMEIDA : Definir a si próprio não é uma tarefa fácil. Mas eu gosto de me definir pela minha missão. Dessa forma, posso dizer que o Chris Allmeida é um cara que veio ao mundo para orientar outras pessoas a se darem bem na vida.
J.M. : E de que forma isto é feito?
C.A. : No passado eu atuava no Instituto Darma, uma entidade terapêutica e educacional que fundei na cidade de Campinas. Foram 12 bons anos de trabalho duro e dedicação para as pessoas. Realizava atendimentos como psicoterapeuta e ministrava cursos e palestras o tempo todo. E antes disso, mantinha um Centro  de Desenvolvimento Humano na cidade de Marília. Porém, com o advento da era digital, desde meados de 2010 mudei radicalmente o rumo de minha atuação. Passei a atuar em tempo integral pela Internet e hoje só ministro cursos e palestras presenciais quando sou convidado.
J.M. : E é possível transformar a vida das pessoas pela Internet?
C.A. : Se eu acreditasse que sou EU quem está mudando a vida das pessoas, diria que não é possível. Mas não acredito nisso. Acredito que é a própria pessoa que transforma sua vida. Ela apenas precisa de um empurrão ou de uma direção. Neste caso, eu e mais os milhares de seguidores que tenho em meu site estamos muito satisfeitos com este trabalho. Antes eu atendia apenas o público de Campinas. Hoje, tenho pessoas do mundo inteiro que frequentam minhas palestras online.
J.M. : E que empurrão é esse?
C.A. : Veja só: eu não ajudo ninguém a nada. Meu papel no mundo não é esse. Muitos interpretam mal estas minhas palavras mas o fato é que eu sou um orientador, não um “ajudador”. O que faço é simplesmente apontar caminhos, oferecer ferramentas e soluções práticas por meio de meus cursos e produtos virtuais. Além disso, procuro mostrar exemplos de vida.  Se eu não vivo ou não coloco em prática as coisas que falo, então tudo perde o sentido.
J.M. : Você se considera um exemplo de vida?
C.A. : O que posso dizer é que vivo muito bem, obrigado! Para mim, exemplo de vida não é uma pessoa perfeita, um santo ou um mártir. Exemplos de vida são pessoas comuns que, em sua vida ordinária conseguem realizar coisas extraordinárias. Veja só o meu caso: Meus talentos são limitados, minhas habilidades são restritas… Não sou o cara mais legal do mundo, nem o mais bonito, nem o mais inteligente, nem o mais nada… apenas coloco amor em tudo aquilo que faço e procuro manter o foco. Com isso obtenho bons resultados: Tenho uma saúde maravilhosa, um relacionamento afetivo vibrante e construí minha própria independência financeira.
J.M. : Por falar nisso, é verdade que você já se aposentou, mesmo não tendo completado 40 anos ainda?
C.A. : Depende do que você entende por aposentadoria. Se você entende aposentadoria como receber um salário fixo do INSS, não, não estou aposentado. Mas já conquistei minha independência financeira. Meu trabalho hoje me gera uma renda automática o tempo todo de tal forma que, enquanto conversamos aqui, alguém está neste momento adquirindo algum produto ou serviço que desenvolvi e – consequentemente – gerando renda para mim. Sabe, eu sempre trabalhei com afirmações positivas. E mesmo quando estava total e completamente endividado, dizia para mim mesmo o tempo todo: O meu ganho aumenta a cada dia, independente de eu estar trabalhando, brincando ou mesmo dormindo. E isto, hoje, se tornou realidade. Posso estar em qualquer lugar do mundo, posso estar na praia ou no interior de São Paulo visitando meus pais. Independente do que eu faça, onde quer que eu esteja, meu rendimento aumenta a cada dia.
J.M. : A que atribui isso? Sorte? Afinal, este é o estilo de vida que muitas pessoas desejaria obter…
C.A. : Não me fale uma coisa dessas. Ao longo de minha vida fui um dos caras mais azarados do planeta. Quase tudo o que eu fazia dava errado, raramente conseguia completar uma coisa que eu começava, passei muitas privações, passei fome em determinadas fases de minha vida – sim, literalmente não tinha o que comer. Mas sempre acreditei que a riqueza estava dentro de mim e que seu mantivesse o foco e a perseverança em meus projetos, um dia eu iria vencer na vida. Então, não atribuo minha atual situação ao fator sorte, mas ao fator disciplina mental e confiança nos meus projetos.
J.M. : Você falou antes de iniciarmos esta entrevista que estava agora se dedicando a escrever seus livros. Como é isso?
C.A. : Já tenho dois livros publicados mas eles são completamente desconhecidos para o grande público. Na verdade, não valorizo muito estas duas obras iniciais pois foram apenas ensaios. Eu queria sentir na prática como era a tarefa de escrever e publicar um livro. Então o fiz. Porém, os livros que quero dedicar ao mundo estão por vir muito em breve.
J.M. : Qual é sua formação?
C.A. : Nunca gostei de afirmar que fui formado em algo e nunca me defino pelas escolas que estudei. Não acredito nisso. Enquanto eu viver, estarei estudando, aprendendo e reelaborando meu conhecimento. No sentido prático, ao longo de minha vida estudei filosofia e teologia em seminário católico. Fui frade católico por bons 5 anos de minha vida na Congregação dos Irmãos do Sagrado Coração. Depois, estudei licenciatura de psicologia na Unimar, fiz um ano de história na FAFI e estudei Filosofia Pura na Unesp de Marília e na Unicamp aqui em Campinas. Mas digo com todas as palavras: Não foi o conhecimento acadêmico que me transformou naquilo que sou hoje. Ao longo de minha vida tive a oportunidade de conviver com grandes mestres. Estes sim foram os verdadeiros colaboradores na construção de meus princípios e de minha visão de mundo.
J.M. : E por que saiu do seminário? Você abandonou a vida religiosa de uma vez por todas?
C.A. : Sai do seminário pura e simplesmente por questões afetivas. No seminário descobri que não conseguiria viver no celibato. Admiro quem o consiga, mas isso não funcionava para mim. Estava no despontar de minha juventude e sempre fui apaixonado pela beleza das mulheres.  E sobre a vida religiosa… hoje não professo mais uma fé católica no sentido tradicional da palavra. Até mesmo pela força de meu trabalho, tive que aprender a dialogar com espíritas, budistas, evangélicos, judeus, umbandistas, dentre outros… Aliás, também tive mestres de outras correntes filosóficas e espirituais diferentes da fé cristã. Mas, sim, mantenho uma agradável amizade com alguns padres conhecidos. Já, quanto a minha religiosidade, cultivo uma espiritualidade própria e minha conexão com o plano espiritual diz respeito a mim mesmo e a mais ninguém.
J.M. : Quais são seus planos daqui para frente?
C.A. : Pretendo continuar escrevendo. Em breve teremos novidades. Além disso, continuarei produzindo as reprogramações mentais e outras ferramentas de transformação oferecidas no meu site pois sei que isto está beneficiando um número muito grande de pessoas. Todos os dias, quando acesso meu email, recebo comoventes depoimentos de pessoas que estão conquistando suas metas e alcançando resultados acima do esperado. Isso realmente energiza o meu dia e mantém meu astral em alta. Até já pensei em publicar estes depoimentos no meu site mas penso que alguns veriam como algo forjado, mesmo porque teria que manter sigilo sobre  a identidade daqueles que me escreveram. Além disso, continuo como sempre fiz oferecendo cursos e palestras para grupos em diferentes localidades.
J.M. : Você conseguiria definir em algumas palavras a essência de seus ensinamentos?
C.A. : Basicamente, procuro mostrar para as pessoas que se elas estão sofrendo, isto assim acontece por decisões erradas que foram tomadas no passado. Procuro lembrá-las de que elas são responsáveis pelos seus próprios destinos. Insisto na idéia de que não adianta reclamar e por a culpa de suas decepções em alguém. Se quero que algo mude, sou eu é quem preciso tomar uma atitude. Também procuro destacar sempre a idéia de que não podemos viver uma vida suprindo as expectativas daquilo que os outros pensam a nosso próprio respeito. E, por fim, a idéia de que aquilo que estou vivendo é um produto daquilo que construí primeiro dentro de mim mesmo. No fundo, acho que essa é uma pergunta muito difícil pois, de momento em momento vou me reinventando e priorizando algumas questões que julgo serem importantes.
J.M. : Alguma mensagem especial para concluir esta conversa?
C.A. : Sempre é possível mudar para melhor. Sempre é possível sair de uma situação de angústia, de estresse, de privação e tornar sua vida uma experiência incrivelmente bela e feliz. Porém, as coisas só acontecem quando você dá o primeiro passo, define o que quer da vida e paga o preço para alcançá-lo. Ficar esperando as coisas acontecerem para ver no que vai dar nunca foi um bom negócio. Aliás, foi assim que transformei minha vida. O mundo não é um lugar tão justo quanto desejávamos. Ninguém vai bater na sua porta e te recompensar porque você é bonzinho. Assim sendo, cada qual tem que fazer o seu melhor para alcançar os seus próprios resultados. Acho que é isso: Decisão, Foco e Ação.

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