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Há um buraco…

  1. Ando pela rua. Há um buraco fundo na calçada.
    Eu caio. Estou perdido… sem esperança.
    Não é culpa minha.
    Levo uma eternidade para encontrar a saída.
     
  2. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada.
    Finjo não vê-lo. Caio nele de novo.
    Não posso acreditar que estou no mesmo lugar.
    Mas não é culpa minha.
    Ainda assim levo um tempão para sair.
     
  3. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada.
    Vejo que ele está ali.
    Ainda assim caio… é um hábito.
    Meus olhos se abrem. Sei onde estou.
    É minha culpa. Saio imediatamente.
     
  4. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada.
    Dou a volta.
     
  5. Ando por outra rua.
     

 
(Este é um texto que eu gostaria de ter escrito. Portia Nelson – não tenho ideia de quem seja – escreveu antes de mim, então aproveito-o e agradeço).
 



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